Geração de presença
Presença (revista)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A publicação Presença
- Folha de Arte e Crítica foi
uma das mais influentes
revistas literárias portuguesas do Século XX. Foi lançada em Coimbra, a 10 de
março de 1927, sendo publicados 54 números
até à sua extinção em 1940.
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Presença
Primeiro número da revista
Presença - Folha de Arte e Crítca,
Coimbra, 10 de Março de 1927.
Presença - Folha de Arte e Crítca,
Coimbra, 10 de Março de 1927.
Após algumas
experiências de curta duração, como a Tríptico, João Gaspar
Simões e Branquinho da
Fonseca fundaram
em 1927 aquela que seria a mais famosa das folhas coimbrãs, dirigida pelos dois
e por José Régio.
Branquinho da Fonseca abandonou a direção da revista na edição nº 27, em1930, por considerar
haver imposição de limites à liberdade criativa, um gesto geralmente entendido
como uma reação ao ascendente de Régio. A partir do n.º 33 e até novembro de 1938 a
revista passou a contar com a presença na direção tripartida de Adolfo Casais
Monteiro. No ano seguinte a revista foi reformulada,
iniciando-se uma nova série com um formato maior e com mais páginas. O
secretário da revista é Alberto de Serpa mas publicam-se
apenas dois números, novembro de 1939 e
fevereiro de 1940. A Presença
acabaria por extinguir-se por desavenças ideológicas entre Gaspar Simões e
Casais Monteiro.
Colaboraram na
Presença, para além dos homens do Primeiro
Modernismo, Adolfo Correia Rocha, mais tarde conhecido pelo
seu pseudónimo Miguel Torga, Aquilino Ribeiro,
Edmundo de Bettencourt, Carlos Queiroz, Júlio
/ Saul Dias e
uma toda uma geração de poetas, prosadores, pensadores e artistas plásticos,
justamente chamada "a geração da presença", ou dos presencistas.
Embora só
secundariamente se tenha ocupado da arte, a Presença publicou textos sobre essa
área de Diogo de Macedo,
José Régio, etc.; e a combatividade da revista serviu para apoiar o I Salão dos Independentes de 1930.
Colaboraram artisticamente na Presença, entre outros: Almada Negreiros, Júlio, Diogo de Macedo, Dordio Gomes, Sarah Afonso, Arlindo Vicente, Bernardo Marques, Mário Eloy, João
Carlos, Paulo
Ferreira, Ventura Porfírio, Arpad Szenes, Maria
Helena Vieira da Silva (em
1940), etc.1 .
A Presença
defendeu a criação de uma literatura mais viva, livre, oposta ao academismo e
jornalismo rotineiro, primando pela crítica, pela predominância do individual
sobre o colectivo, do psicológico sobre o social, da intuição sobre a razão.
Elegendo como "mestres" os artistas da Revista Orpheu,
muitos dos quais ainda colaboraram na Presença, a revista foi importante na
difusão de uma segunda fase do Modernismo,
usualmente designado por Segundo
Modernismo, mais crítica e teorizadora do que criadora.
Destaca-se o espírito crítico não só dos fundadores, como também deAlbano
Nogueira e Guilherme de Castilho,
bem como de colaboradores doutrinários como José
Bacelar, José Marinho, Delfim Santos, Saul Dias,Fausto
José, Francisco
Bugalho, Alberto de Serpa, Luís de Montalvor, Mário Saa, Raul Leal e António Botto.
A revista Orpheu
divulgou nas suas páginas vários autores do chamado Primeiro Modernismo, tendo
como figuras tutelares as personalidades deFernando Pessoa, Mário de
Sá-Carneiro, Almada Negreiros e Afonso Duarte,
contando ainda com a colaboração de António
de Sousa, Irene Lisboa(com
alguns poemas já em prosa), Vitorino Nemésio, Pedro Homem de
Mello, Tomás de
Figueiredo e Olavo
de Eça Leal. Todos eles se destacam sobretudo na poesia
(marcada por um certo "lirismo provençal"), sendo António de
Navarro quem
mais diretamente prolonga a herança poética da "Orpheu" nesta
revista.
A poesia de alguns
"presencistas" esteve na base dos textos e das composições do Fado de Coimbra e do Fado cantado
por Amália Rodrigues.
Na revista
divulgaram-se também as principais obras de escritores europeus da primeira
metade do Século XX, tais como Marcel Proust, André Gide,Paul Valéry, Guillaume
Apollinaire e Pirandello.
As páginas da
Presença serviram ainda para a promoção e intercâmbio literário com vários poetas
e prosadores brasileiros,
à margem das iniciativas oficiais.
Modernismo em Portugal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre.
"Pintura", Amadeo de
Souza-Cardoso1917, Centro de Arte Moderna, Fundação
Calouste Gulbenkian, Lisboa.
O modernismo em Portugal desenvolveu-se
aproximadamente no início do século XX até ao final
do Estado Novo, na década de 1970.
O início do Modernismo Português ocorreu num
momento em que o panorama mundial estava muito conturbado. Além da Revolução Russa de 1917, no ano de 1914 eclodiu a Primeira
Guerra Mundial.
Em Portugal este período
foi difícil, porque, com a guerra, estavam em jogo as colónias africanas que
eram cobiçadas pelas grandes potências desde o final do século XIX. Para além
disto, em 1911, foi eleito
o primeiro presidente da República.
O marco inicial do Modernismo em Portugal foi
a publicação da revista Orpheu, em 1915,
influenciada pelas grandes correntes estéticas europeias, como o Futurismo, o Expressionismo, etc., reunindo Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros, entre outros.
A sociedade portuguesa vivia uma situação de
crise aguda e de desagregação de valores. Os modernistas portugueses respondem
a esse momento, deixando atrás o acanhado meio cultural português,
entregando-se à vertigem das sensações da vida moderna, da velocidade, da
técnica, das máquinas. Era preciso esquecer o passado, comprometer-se com a
nova realidade e interpretá-la cada um a seu modo. Nas páginas da revista Orpheu, esta geração publicou
uma poesia complexa, de difícil acesso, que causou um grande escândalo naquela
época. Mas a revista Orpheu teve uma curta duração publicando-se
apenas um número mais e não tornaram a haver novas edições da mesma.
São características de estilo deste
movimento: o rompimento com o passado, o carácter anárquico, o sentido
demolidor e irreverente, onacionalismo com
múltiplas facetas - o nacionalismo crítico, que retoma o nacionalismo em uma
postura crítica, irónica e questiona a situação social e cultural do país, e o
nacionalismo ufanista (conservador), ligado principalmente às posturas da
extrema-direita.
Aquele período apresentava-se dividido em
três partes:
·
Orfismo - escritores responsáveis pela revista Orpheu, e por
trazer Portugal de volta às discussões culturais na Europa;
·
Presencismo - integrada
por aqueles que ficaram de fora do orfeísmo, que fundaram a revista Presença e
que buscavam, sem romper com as idéias da geração anterior, aprofundar em
Portugal a discussão sobre teoria da literatura e sobre novas formas de
expressão que continuavam surgindo pelo mundo;
·
Neo-Realismo - movimento
que combateu o fascismo, e que defendeu uma literatura como crítica/denúncia
social, combativa, reformadora, a serviço da sociedade – extremamente próxima
do realismo no Brasil, daí advindo a nomenclatura “neo-realismo”, um novo
realismo para “alertar” as pessoas e tirá-las da passividade.
Índice
Contexto histórico[editar | editar código-fonte]
Em inícios do século XX, em
Portugal, a produção literária e plástica era ainda profundamente marcada pelo classicismo racionalista
e naturalista, em manifestações apáticas e decadentes, que evidenciavam forte
resistência à inovação. Ao monótono e decadente rotativismo político
correspondia uma não menos monótona e decadente produção intelectual. Os
interesses materiais dos burgueses sobrepunham-se aos interesses culturais,
condicionando a liberdade de expressão.
A partir de certo momento, grupos de
intelectuais portugueses organizaram-se em círculos de contestação da velha
ordem e iniciam-se no recurso a estratégias provocatórias e na resposta, por
vezes desabrida, às formas políticas e culturais conservadoras e reaccionárias
à modernidade. - É o modernismo, enquanto movimento estético e literário de
ruptura com o marasmo intelectual, que irrompe em Portugal em uníssono com a
arte e a literatura mais avançadas da Europa, sem
prejuízo, todavia, da originalidade nacional.
Foram lançadas revistas, organizadas
exposições e conferências, sob iniciativa privada, num esforço de autonomia
relativamente aos apoios estatais, através das quais as novas opções culturais
eram demonstradas e divulgadas. No entanto, o baixo nível de alfabetização da
população portuguesa e o conservadorismo dos meios urbanos, onde as novidades
intelectuais têm maior presença, não proporcionaram abundância de público
interessado nos novos eventos culturais.
Pintura[editar | editar código-fonte]
O movimento ficou conhecido em Portugal a
partir de duas exposições: a primeira, em 1915, ocorreu no Porto, tendo sido
chamada de Humoristas e
Modernistas; as segundas, em 1916, emLisboa e no Porto,
de Amadeu
de Souza-Cardoso. O país, que entrara no
século agarrado a uma pintura naturalista e romântica em que artistas como José Malhoa eram a
referência, reagiu violentamente ao movimento. A nova estética internacional,
desconhecida no país, estava a ser mostrada por artístas que tinham estado em Paris.
I
Geração de Paris[editar | editar código-fonte]
Ocorreu com o regresso à pátria de artistas
como Dórdio Gomes e Santa-Rita Pintor. Seguiram-se os do 2º grupo modernista (cerca de 1914). Este segundo grupo
era constituído pelos artistas que regressaram de Paris com a eclosão da Grande Guerra (Diogo de Macedo, Eduardo Viana, Amadeo
de Souza-Cardoso). Estiveram ligados à geração d’Orpheu.
Até à morte de Santa-Rita Pintor e de Amadeo
de Souza-Cardoso (vítimas da pneumónica em 1918), a renovação da pintura
portuguesa centrou-se nestes artistas e ainda nos grupos ligados ao Orpheu. O
mais notável representante desta geração foi Amadeo de Souza-Cardoso, que,
inicialmente influenciado por Cézanne, evoluiu
para um cubismo misturado com todas as tendências com que contactou.
II
Geração de Paris[editar | editar código-fonte]
Foi constituída pelos artistas portugueses
que regressaram a Paris depois da guerra (devido à ausência de público em
Portugal), nos anos 20, e em que se destacaram Dórdio Gomes, Abel Manta, Mário Eloy, Diogo de Macedo, os irmãos
Franco e Almada Negreiros, entre outros.
Fizeram diversas exposições divulgando a nova
estética internacional. A arte foi muito prejudicada a partir de 1935 com as
limitações impostas pela censura e pelo Secretariado
de Propaganda Nacional, que
organizava as mostras, promovia os artistas, impunha temas e estética e levou
ao exílio de muitos. As décadas de 1930 e 1940 foram
marcadas pela propaganda do regime salazarista com a Exposição
do Mundo Português. António Ferro,
homem do governo de Salazar mas inteligente e moderno, chamou diversos artistas para
o trabalho com o Estado na preparação da Exposição (1940) que envolveu diversos
projectos arquitectónicos e artísticos e desenvolveu um estilo de cariz
nacionalista.
A partir dos anos 30 destacou-se Maria
Helena Vieira da Silva, pintora
radicada em Paris que se tornou um dos expoentes do abstraccionismo. Ali
realizou a sua primeira exposição individual (A Rua à Noite; Atelier, Lisbonne e A
Guerra). Embora tenha sido pouco reconhecida em Portugal e a sua arte
tivesse estado mais ligada aos movimento internacionais que ao movimento
artístico português, não deixou de reflectir nas suas telas, num quadriculado
que evocou os azulejos portugueses,
as referências ao seu país.
Por alturas da II Guerra Mundial, fez-se a primeira exposição de surrealismo em Portugal.
O surrealismo e o neo-realismo dominaram
durante anos as tendências artísticas nacionais. Destacaram-se como
surrealistas Mário Cesariny, Moniz Pereira, Fernando de Azevedo e Marcelino Vespeira e como neo-realistas António Dacosta e António Pedro (intervenção romântica).
Esses diferentes movimentos tinham além do
ismo em seus nomes - posições homens em relação as
artes :liberdades,interpretação pessoal da realidade,rebeldia,
elogicidade,em busca de novas formas de expressão,etc.
Escultura[editar | editar código-fonte]
Padrão dos
Descobrimentos, o original foi encomendado aos arquitectos Cottinelli Telmo e Leopoldo de Almeida para aExposição
do Mundo Português(1940),Belém, Lisboa.
A escultura atingiu desenvolvimento
importante nos inícios do século. Só durante o Estado Novo se desenvolveu uma escultura de feição nacionalista,
pouco aberta à modernidade. Principais escultores da primeira metade do século: Francisco
Franco de Sousa, Canto da Maia, Leopoldo de Almeida,Lagoa Henriques, Gustavo
Bastos, Alvaro
de Brée e Barata Feyo.
Arquitetura[editar | editar código-fonte]
A arquitectura não registou grandes
desenvolvimentos neste período. As dificuldades políticas vividas durante a I República, a
que se juntavam as dificuldades económicas e financeiras, não propiciaram os
empreendimentos arquitectónicos, normalmente dispendiosos. Por conseguinte, o
pouco que se construiu permaneceu fechado à inovação e revela a persistência
dos esquemas arquitectónicos clássicos.
Só no final dos anos 20 e sobretudo
durante o Estado Novo é que se notam algumas preocupações em conjugar formas do
modernismo europeu com o nacionalismo salazarista. O pavilhão da Exposição
do Mundo Português, de Cotinelli Telmo,
entretanto demolido, e a Igreja
de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa,
de Pardal Monteiro, com
vitrais de Almada Negreiros e um friso na entrada de Francisco Franco, constituem as manifestações mais importantes do modernismo arquitectónico
português.
No Porto, alguns arquitectos, como Morais
Soares e Cunha
Leão, iniciaram um movimento de renovação a
caminho da modernidade que teria o seu impulso mais dinâmico na obra de Carlos Ramos,
quando este esteve à frente da Escola de Belas-Artes do Porto. No início da década de 1950, este
movimento de renovação viria a ser marcado pelas obras do arquitecto Siza Vieira.
Literatura[editar | editar código-fonte]
Primeiro número de
ORPHEU - Revista Trimestral de Literatura,
Janeiro–Fevereiro–Março de 1915.
ORPHEU - Revista Trimestral de Literatura,
Janeiro–Fevereiro–Março de 1915.
O modernismo na literatura foi praticado por
duas gerações de intelectuais ligados a duas publicações literárias: um
primeiro modernismo surgido em 1915, em torno da revista Orpheu; um
segundo modernismo organizado em 1927, em torno da revista Presença.
Ainda antes destas, surgiram em Portugal
revistas que propunham diferentes soluções estéticas e políticas para recuperar
o atraso português a este nível, como a Nação
Portuguesa, de feição conservadora, e a Seara Nova, de
tendências mais progressistas e democráticas. Nesta revista colaboraram
investigadores como o historiador Jaime Cortesão, António Sérgio e os escritores Aquilino Ribeiro e Raul Brandão.
Revista
Orpheu (Orphismo)[editar | editar código-fonte]
Os únicos dois números de Orpheu - Revista Trimestral de Literatura, lançados em Março e Junho de 1915, marcaram a
introdução do modernismo em Portugal. Tratava-se de uma revista onde Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros e Fernando Pessoa,
entre outros intelectuais de menor vulto, subordinados às novas formas e aos
novos temas, publicaram os seus primeiros poemas de intervenção na contestação
da velha ordem literária; o primeiro número provocou o escândalo e a troça dos
críticos, conforme era desejo dos autores; o segundo número, que já incluiu
também pinturasfuturistas de Santa-Rita Pintor, suscitou as mesmas reações. Perante o insucesso financeiro, a revista
teve de fechar portas, pois quem custeava as publicações era o pai de Mário de
Sá Carneiro e este cometeu suicídio em 1916. No entanto, não se desfez o
movimento organizado em torno da publicação. Pelo contrário, reforçou-se com a
adesão de novos criadores e passou a desenvolver intensa actividade na denúncia
inconformista da crise de consciência intelectual disfarçada pela mediocridade
académica e provinciana da produção literária instalada na cultura portuguesa
desde o fim dageração de 70, de que Júlio Dantas (alvo do Manifesto Anti-Dantas, de Almada) constituía um bom exemplo.
Revista
Presença (Presencismo)[editar | editar código-fonte]
Primeiro número da revista
Presença - Folha de Arte e Crítca,
Coimbra, 10 de Março de 1927.
Presença - Folha de Arte e Crítca,
Coimbra, 10 de Março de 1927.
A revista Presença - Folha de Arte e
Crítica, foi fundada em 1927, em Coimbra, por Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões e José Régio. Não
obstante ter passado tempos difíceis, não só financeira como intelectualmente,
foi publicada até 1940 demonstrando grande longevidade. O movimento que surgiu
em torno desta publicação inseriu-se intelectualmente na linha de pensamento e
intervenção iniciada com o movimento Orpheu, que acabou por integrar. Continuou
a luta pela crítica livre contra o academismo literário e, inspirados na psicanálise de Freud, os seus
intelectuais bateram-se pelo primado do individual sobre o coletivo, do
psicológico sobre o social, da intuição sobre a razão. Além da produção
nacional, a presença divulgou também textos de escritores europeus, sobretudo
franceses. Alguns dos escritores deste Segundo Modernismo foram: Miguel Torga,Adolfo Casais Monteiro, Aquilino Ribeiro, Ferreira de Castro, Vitorino Nemésio, Pedro Homem de Mello, Tomás de Figueiredo e Eça
Leal.
Neo-Realismo[editar | editar código-fonte]
Jovens estudantes de Coimbra adoptam o
combativismo da Geração de 70, cujo socialismo utópico denunciam e iniciam-se
no combate à opressão, inspirados pelo socialismo marxista. É nesta conjuntura
que surgem em Portugal os primeiros cultores do neo-realismo ou realismo
social, claramente em ruptura com o individualismo e intelectualismo
psicológico do movimento Presença. Ferreira de Castro, nos seus romances Emigrantes e A
Selva, introduz a análise de problemas de natureza social, trata as
populações que emigram, que se empregam e desempregam. Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca, Álvaro Cunhal, Mário Dionísio, José Gomes Ferreira, entre outros, continuam a tratar os problemas, as
tristezas e as misérias do povo laborioso esmagado pela ganância de uma minoria
de representantes do capital, adaptando à realidade nacional o rigor formal e
temático dos escritores neo-realistas europeus.
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